segunda-feira, 9 de abril de 2012

2006 – O surgimento da Lei Federal de Incentivo ao Esporte

             O ano começou sem muitas expectativas, não obtive respostas positivas para disputar a Stock Car Light, não teria condições de estar nas pistas, me voltei novamente a me concentrar em meu trabalho. O ano marcou algo importante em minha vida fiquei noivo de minha namorada, estava muito feliz, sabia que ela era alguém para vida toda.
             Também começaram os exames para definir quem seria o doador para o transplante do meu pai. Após alguns testes foi decidido que o fígado do meu tio Eduardo era o mais compatível com seu organismo. A cirurgia foi marcada e todos da família foram para São Paulo, tudo ocorreu bem, ele se recuperou alguns dias e voltamos para Campo Grande. O clima ainda era tenso na família, era uma recuperação delicada.
            Abriu o curso de Gestão em Oficina Mecânica na Faculdade Unaes em Campo Grande, prestei o vestibular e passei, o curso era de 2 anos e meio,  seria muito importante para mim,  o curso ensinaria sobre contabilidade, administração e outros itens para um gerente de oficina mecânica, alguns amigos do automobilismo estavam fazendo também, o que facilitou o entrosamento.
           Na metade do ano meu noivado foi desfeito, a mulher que eu estava para casar ainda não sabia o que era ter dificuldades na vida, foi um momento muito difícil, sofri muito, entrei em depressão, larguei a faculdade, não queria mais trabalhar, não queria mais nada na vida. Graças ao amor dos meus Pais e irmãos consegui superar, recuperei minhas forças e voltei a vida.
          No fim do ano um amigo meu que morava em Florianópolis me deu uma boa noticia, estava sendo sancionada a Lei Federal de Incentivo ao Esporte, era parecida com a Lei do Mato Grosso do Sul só que seria através do Imposto de Renda, as empresas poderiam contribuir 1% e as pessoas físicas 6% do que era pago ao Governo Federal,  isso me deu bastante motivação para ir atrás de patrocínios, não quis comentar nada ao meu pai, ele estava ainda se recuperando do transplante e não queria tomar suas poucas energias, então busquei fazer com a ajuda de amigos, estudei a lei e marquei algumas reuniões. A lei era uma excelente oportunidade, mas sabia que mesmo assim era muito difícil se conseguir recursos, era uma lei nova e isso fazia com que as empresas tivessem muito receio e pouco conhecimento.
        O ano terminou com uma luz no fim do túnel, as coisas em casa ainda estavam muito difíceis, a família tinha que se dividir em atender ao meu pai e ao gerenciamento da oficina.

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